
PARTE I
Em 1924 foi publicado o manifesto surrealista onde Breton definia esta nova vanguarda como, "Puro automatismo psíquico, através do qual se pretende expressar, verbalmente ou por escrito, o verdadeiro funcionamento do pensamento. O pensamento ditado na ausência de todo o controle exercido pela razão, e à margem de qualquer preocupação estética ou moral. "
Pode ser percebido neste manifesto que é dada uma grande importância pra a literatura, principalmente, deixando a pintura, que hoje é o que mais conhecemos em matéria de surrealismo, em segundo plano.
Breton, também afirmava nesta época que ele era fortemente influenciado pelas teorias psicanalíticas de Freud. Atualmente, é claro esta influência nas produções surrealistas, porém, naquela época era algo novo. Breton, como estudante de medicina, utilizava o automatismo em seus pacientes durante a guerra. Dessa forma ele decidiu utilizar essa técnica sob si mesmo. Assim, o surrealismo começava a nascer. Essa vanguarda acreditava que esse automatismo revelaria a verdadeira natureza individual de quem o praticasse de uma forma mais completa do que em criações conscientes. Eles acreditavam que esse era o melhor método para alcançar e desvendar o inconsciente "descoberto" por Freud.
Na verdade o surrealismo pode ser tido como um substituto do Dadaísmo, outra vanguarda do século XX. Muitas são as semelhanças entre esses dois movimentos, mas também, muitas são as diferenças. Primeiramente, deve ser entendido que Breton, o iniciador do Surrealismo, foi que deu um fim ao Dadaísmo ao inscrever essa ultima vanguarda na história da arte e indo contra os seus ideais. De qualquer maneira, Arp, afirmou que a atitude rebelde e direta com a vida dos surrealistas era muito próxima ao dos dadaístas assim sendo esses dois movimentos semelhantes que fez com que vários artístas dadaístas aderissem ao Surrealismo. Por outro lado o que diferenciava essas duas vanguardas era, principalmente, na formulação de teorias e e princípios, ao contrário dos dadaístas que possuíam um ar anárquico.
Continua na parte II
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